“Às vezes me deparo com situações que me fazem parar e pensar: será que ainda estou com o coração no céu… ou será que me apeguei demais a esta terra?”
Me deparo com isso constantemente.
Às vezes quando estou indo para a igreja, às vezes em uma simples saída para resolver algo na rua ou até em um passeio com a família.
Olho ao redor e vejo rostos cansados, crianças pedindo comida no sinal, famílias dormindo embaixo de papelões. Sinto pena. Sinto desconforto. Mas nem sempre.
Às vezes eu só passo.
Às vezes eu simplesmente sigo, como se aquilo já fosse parte da paisagem.
Abro as notícias e o que vejo parece uma sequência de pesadelos repetidos:
- Guerras
- Corrupção
- Famílias se destruindo
- Valores sendo arrancados da alma das pessoas
E o mais assustador é perceber que, no fundo da minha mente, tudo isso está começando a parecer normal.
Será que o mundo está nos moldando aos poucos?
Será que a dor já não nos dói mais?
Será que o céu está cada vez mais longe do nosso coração, e a terra está nos vencendo pelo cansaço?
O alerta que grita dentro de mim é: por que nossos olhos se sentem tão confortáveis em permanecer tapados?
Como se a ignorância fosse uma proteção, um escudo, uma desculpa.
Precisamos parar de imaginar a vinda de Jesus apenas como uma cena triunfante de filme bem produzido — embora também seja.
Sim, será gloriosa.
Mas será também um momento de dor, de separação, de juízo.
Haverá um corte.
Um antes e um depois.
Um tempo em que muitos verão o céu se abrir… e não subirão.
Não por falta de aviso, mas por excesso de distração.
Porque muitos não se abnegaram.
Não clamaram.
Não se importaram.
Apenas viveram — mas viveram longe da vontade de Deus.
E se hoje tudo isso ainda nos causa algum incômodo…
A pergunta é: por quanto tempo mais?
Até que a dor vire paisagem?
Até que o mal vire costume?
A VOZ DOS PROFETAS AINDA GRITA
“Eles tratam da ferida do meu povo como se não fosse grave, dizendo: ‘Paz, paz’, quando não há paz. […] Não sentem vergonha de suas ações detestáveis, nem sequer sabem corar de vergonha.”
— Jeremias 8:11-12
Eles estavam doentes — e fingiam estar bem.
Perdidos — e riam como se estivessem salvos.
A vergonha havia desaparecido.
Hoje, estamos vivendo o mesmo cenário.
Chamamos pecado de “opção”.
Chamamos frieza de “maturidade”.
Chamamos egoísmo de “autocuidado”.
E ainda dizemos: “Está tudo certo.”
Mas não está.
“Ai dos que vivem tranquilos em Sião… que bebem vinho em taças e se ungem com os melhores óleos, mas não se entristecem com a ruína de José.”
— Amós 6:1,6
Não é o conforto o problema.
É a indiferença.
É a alma que dorme enquanto o céu chora.
O AMOR QUE ESFRIOU
Jesus nos ensinou que o maior mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Mas, olhando ao redor, pergunto: onde está esse amor?
Por que nossos corações se tornaram tão frios diante da dor alheia?
Quando começarmos a amar de verdade, as guerras não serão apenas manchetes distantes; elas nos tirarão o sono. A fome não será apenas um problema dos outros; será uma ferida em nossa própria alma.
Nos últimos três anos, os conflitos armados atingiram níveis alarmantes.
Em 2023, as mortes em campos de batalha alcançaram o maior número em três décadas, com mais de 122 mil pessoas mortas — em guerras como as da Ucrânia, Gaza e Etiópia【fonte: The Guardian】.
E nós, que estamos longe dessa realidade, continuamos vivendo normalmente:
Comendo.
Rindo.
Dormindo.
Como se nada estivesse acontecendo.
JESUS VEM. E VEM LOGO.
Jesus não voltará para saber o quanto você conquistou aqui.
Ele virá procurar quem renunciou tudo por amor a Ele.
E isso começa quando deixamos o mundo de lado e permitimos que nosso coração volte a arder por aquilo que importa:
- O Reino
- A Eternidade
- O próximo
- A Verdade
Porque Ele vem.
E quando vier… não haverá mais tempo para mudar de lado.
DESPERTA!
Não se acostume com o que entristece o coração de Deus.
Não normalize o que Ele chama de pecado.
Não silencie sua alma com o conforto de um mundo que está em colapso.
Desperta. Arrependa-se. Viva como quem sabe que o Rei está vindo.
“Se o céu se abrir hoje, você será separado entre os que o mundo conquistou — ou chamado por Jesus para se juntar ao povo que nunca se acostumou com a escuridão desse mundo?“