Você já reparou como é fácil parecer cristão hoje em dia?
Postar um versículo. Compartilhar um louvor. Usar #Jesus e #Fé na legenda.
E pronto: criamos uma imagem espiritual que muitas vezes não reflete a realidade interior.
A fé virou estética.
O evangelho virou conteúdo.
E discipulado virou curtida.
Vivemos no tempo em que o mundo inteiro cabe na palma da mão — mas será que o Reino de Deus ainda cabe no nosso coração?
Fé de Aparência, Vida Sem Profundidade
Nunca foi tão fácil falar de Deus… e, ao mesmo tempo, tão difícil viver para Ele.
A gente compartilha sobre a cruz, mas evita qualquer peso.
Fala de graça, mas esquece da responsabilidade.
Reage a posts, mas se cala diante da dor real ao nosso redor.
A fé nas redes não está errada — e, inclusive, tem feito muito bem a muitas pessoas.
Tem gente usando stories para evangelizar, reels para encorajar, e devocionais digitais para discipular.
Glória a Deus por isso.
Mas o problema surge quando isso se torna nossa única expressão de fé.
Quando o celular vira nossa zona de conforto, e o evangelismo perde a encarnação.
Quando falamos com o mundo inteiro online — mas não olhamos no olho de quem mora ao lado.
Temos o Alcance dos Apóstolos. E a Entrega?
Os primeiros discípulos atravessavam desertos e enfrentavam prisões para anunciar o evangelho.
Hoje, com o alcance de uma simples postagem… muitos preferem o silêncio.
Temos microfones. Câmeras. Algoritmos.
Mas será que temos a mesma urgência de quem não tinha nada, além de convicção?
Temos os recursos — mas estamos nos acomodando neles.
Pessoas estão morrendo ao nosso lado.
E muitas vezes, só descobrimos quando vemos um post sobre o velório.
Nos acostumamos a amar à distância, ajudar por emoji, consolar com um repost.
Mas o chamado nunca foi digital — foi presencial, encarnado, comprometido.
O Que Estamos Esquecendo No Meio do Caminho?
O que eu estou querendo trazer aqui é que todos nós precisamos nos desplugar um pouco.
Não da internet em si, mas da falsa sensação de que estar engajado online é o mesmo que estar engajado no Reino.
A missão não acontece só com o dedo deslizando na tela — ela acontece com o pé na terra, sujo de estrada, marcado pela semeadura diária.
Semeando presença. Palavra viva. Mão estendida. Olhos atentos.
Porque o evangelho não foi feito para ser apenas postado.
Foi feito para ser vivido. Em carne, alma e suor.
Será Que Não Está na Hora de Se Desconectar… Para Se Conectar?
Desconectar da obsessão por engajamento.
Desconectar da comparação.
Desconectar do conforto que paralisa.
E se conectar com a missão. Com o outro. Com o chamado que Jesus nos deu:
“Ide por todo o mundo…” — e isso começa com o mundo ao nosso redor.
Ser cristão nunca foi sobre se proteger em bolhas.
Foi sobre se entregar por inteiro.
E talvez, seja exatamente isso que está faltando.
📌 Porque no fim das contas, o que o mundo precisa não é de mais conteúdo religioso.
É de cristãos reais.
Que amam. Que servem. Que sofrem com os que sofrem.
Que vivem o que acreditam — com o pé na terra e o coração no Céu.
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